O monge Lucas, acompanhado de um discípulo, atravessava uma aldeia. Um velho perguntou ao asceta:
– Santo homem, como me aproximo de Deus?
– Divirta-se. Louve o Criador com sua alegria – foi a resposta.
Os dois continuaram a caminhar. Nesse momento, um jovem aproximou-se.
– O que faço para me aproximar de Deus?
– Não se divirta tanto – disse Lucas.
Quando o jovem partiu, o discípulo comentou:
– Parece que o senhor não sabe direito se devemos ou não devemos nos divertir.
– A busca espiritual é uma ponte sem corrimão atravessando um abismo – respondeu Lucas. Se alguém está muito perto do lado direito, eu digo ‘para a esquerda!’ Se aproxima-se do lado esquerdo, eu digo ‘para a direita!’. Os extremos nos afastam do Caminho.
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Equilíbrio, sensatez, moderação devem, realmente estar presentes nas escolhas que fazemos constantemente. Pressa, afobação, ansiedade costumam nos empurrar para decisões precipitadas que, muitas vezes só causam arrependimento. Se não foi conosco, já observamos em outras pessoas compras por impulso, negócios fechados a toque de caixa, que nem sempre dão bons resultados.
In medio virtus (a virtude está no meio) é advertência antiga, nem sempre aceita ou seguida. Entretanto, o domínio próprio é uma das características do fruto do espírito. A moderação é uma boa mestra, que pode nortear muitas das nossas escolhas. Não precisamos ser tão ansiosos ou precipitados ao tomar decisões, pois sabemos que se buscarmos o primeiramente o conselho do Senhor, tentarmos ouvir suas diretrizes,” todas as demais coisas nos serão acrescentadas”.
Que assim Deus nos ajude e abençoe!
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