C. S. Lewis disse: “Você não tem uma alma. Você é uma alma. Você tem um corpo.”
E entender a alma humana é tão difícil como esvaziar um oceano. Queremos que as pessoas pensem do nosso jeito, façam coisas que nós aprovamos ou tenham reações sensatas como nós teríamos… Será isso complexo de superioridade? Apenas nós sabemos tudo, temos razão, tomamos as melhores decisões…
Ou, então, numa atitude extremamente oposta, nos julgamos incompetentes, incapazes, verdadeiros perdedores… Aí corremos o risco de ser nosso próprio acusador à procura de um culpado. Vitimismo se estabelece fácil, fácil…
De qualquer forma, tendemos para o egoísmo, nos achamos os bons, pra não dizer os melhores…
Como é triste e deprimente ver as discussões, as agressões que apenas um comentário desperta nas redes sociais! Amigos se distanciam raivosos, como se os anos anteriores de boa convivência não valessem nada. Se alguém ousa curtir um post, emitir uma reação por um mero emoji, pronto! A guerra se declara impiedosamente. Pior quando esses novos inimigos se dizem cristãos!
Está faltando empatia – pensamos, ouvimos e dizemos à toda hora. Mas não nos encorajamos a tentar ouvir, a nos colocar no lugar do outro, a calçar seus sapatos e sentir as pedras do seu caminho. Dá muito trabalho, desgasta e não adianta grande coisa…
Entretanto, lá num cantinho oculto da alma, uma voz fraquinha se esforça por se fazer ouvir: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. Mandamento áureo, difícil de ser seguido, a não ser com muita proximidade do Mestre, conseguida pelo estudo da Palavra, da oração e da companhia do Espírito Santo.
Senhor, ajuda-nos a te buscar e a amar do teu jeito, para que tenhamos condições de olhar para o próximo com toda nossa alma.