Cotidiano

Nós no mundo

Written by Zeneide

Basta contemplar a imensidão do céu estrelado numa noite escura para experimentar a grandeza, o encanto e o mistério da criação. Realmente sentimos que “os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”. A noção da nossa pequenez se agiganta diante da infinitude do espaço. Reconhecemos que nada somos e nosso eu se esfarela na simples constatação da insignificância que somos…

Entretanto, fomos criados pelo mesmo ser supremo que criou o universo e suas leis imutáveis… Lemos no Salmo 8:5, sobre o homem : “Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos e o coroaste de glória e de honra”. E a maior das maravilhas: Ele nos amou e nos ama apesar de nós, do vão orgulho, do extremo egoísmo e da falsidade que nos dominam…Incompreensível amor!
E cá estamos, com nossos lábios impuros, neste mundo complicado, cercados por tanta gente de impuros lábios, como declarou o profeta Isaías ao contemplar a glória do Senhor naquele antigo templo… Estamos perplexos diante da situação que ora atravessamos, não conseguimos compreender nem aceitar certos (ou incertos?) posicionamentos que contribuem apenas para piorar a crise por que passamos
“Que mundo é este?” – pensamos, ouvimos ou dizemos repetidamente… De repente tudo parece no avesso, a vida perdeu a relevância ou somos nós os equivocados?
Estamos assistindo, impotentes, aumentar o número de mortes aqui e ali. A sensação é de que ninguém atenta para o fato de que “a morte de cada pessoa representa o empobrecimento do mundo de muitos”, como disse o padre Fábio de Melo.
Na sua oração sacerdotal, Jesus Cristo rogou ao Pai : “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.”
Senhor, pedimos também, que nos livres do mal, agora representado por esse vírus (desnecessários os adjetivos!). Quanto a nos tirar do mundo, sabemos que tua vontade é soberana, mas ajuda-nos, enquanto aqui estivermos, a desfrutar a paz que nos foi oferecida pelo teu filho Jesus!

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.