“Um feiticeiro africano conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com agilidade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante. O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegam a um lugar sagrado. Sem parar, o feiticeiro dá meia volta e começa a viagem de volta.
— Você não me ensinou nada hoje – diz o aprendiz, levando mais um tombo.
— Ensinei sim, mas você parece que não aprende – responde o feiticeiro. Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida.
— E como lidar com eles?
— Como deveria lidar com seus tombos – responde o feiticeiro. Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que te fez escorregar.”
(autor desconhecido)
Duvido que alguém não tenha um tombo pra contar. Se não for daqueles memoráveis como os da Diva ou da Zenildes, deve ter uns tombinhos mais discretos, reais ou metafóricos.
Do que não duvido é do efeito pedagógico deles. Por isso gostei do texto acima pois me levou a pensar no que me faz escorregar – provavelmente alguma escolha equivocada: rota, candidato, adiamento, mau aproveitamento do tempo, investimento financeiro, falta de foco, indiferença com a dor alheia…
Mas, o importante é que, seja qual for o motivo do escorregão, sempre é tempo de aprender! Mesmo que seja apenas para não repetir o erro, bom e conveniente seria corrigir o rumo, reavaliar as escolhas, reparar os danos, tirar a poeira da sensibilidade embotada, entre outras atitudes mais assertivas.
Como estamos lidando com os tombos da nossa vida? Ah, Senhor, como precisamos de sabedoria!