Todos somos desabrigados… no caminho de volta ao lar.
Perturba nosso coração a palavra “desabrigo“, pois nos lembra situação triste, deprimente, de carência e desolação. Quando noticiam catástrofes, sempre penso na situação de quem perdeu tudo, especialmente nas criancinhas no colo de mães e pais impotentes, em desespero… Triste demais! Por mais que as pessoas, felizmente, se mobilizem no sentido de socorrer, de se solidarizar, o quadro é do mais puro desalento… Como recomeçar? Como reconstruir casas, abrigos, sonhos ?
Por isso tudo, a frase que ouvi do personagem sem-teto no filme ” Somos todos iguais” me impactou bastante: “ Somos todos desabrigados no caminho de volta ao lar”. É preciso, sim, refletir sobre o conceito de abrigo, que é uma das necessidades básicas de todos nós. Precisamos muito – e sempre – de um lugar para voltar. Mesmo que a viagem, o passeio, a caminhada tenham sido incríveis, a sensação de volta ao lar, ao cantinho aconchegante, é mais incrível ainda!
Entretanto, o lar aqui, humilde ou luxuoso, é sempre provisório… Podemos usufruir dele por um tempo determinado, não por nós, mas por Aquele que é o doador e o provedor da vida. Nesse contexto, é muito importante saber que não ficaremos ao desabrigo para sempre, pois temos a promessa preciosa de Jesus Cristo: ” Vou preparar um lugar para vocês”… “há muitas moradas na casa do meu Pai “
Estamos todos na caminhada para chegar ao lar definitivo, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor. Para isso, basta aceitar o convite do autor da promessa: “Não se turbe o seu coração, creia em Deus, creia também em mim.”
