A mãe pegou a mão do garotinho na fila do caixa do supermercado. Segurava bem firme, pois ele procurava escapar e ela não queria largar as compras para correr atrás dele.
De repente, ele começou a gritar:
– Mãe, você está me machucando!
E ela, calmamente:
– Quem é que está querendo se soltar?
E não é assim conosco, muitas vezes? Queremos largar a mão do Pai e andar pelo nosso próprio rumo, cansados de tantas regras e recomendações…
Podemos, sim, nos soltar; nada nos impedirá: temos liberdade de escolha. Mas, pode ser que venhamos a nos arrepender porque há caminhos perigosos, lamacentos, tortuosos, cheios de armadilhas… Com certeza, será boa a sensação de liberdade, de ficar livre de amarras e de não precisar prestar contas a ninguém. Donos do próprio nariz, não é assim que se diz?
No início, tudo poderá ir bem, até que cheguem as dificuldades, os obstáculos, os perigos e as dúvidas que ameaçam a paz, tão necessária, sempre. E é esse o momento de lamentar a falta de um guia que possa conduzir em segurança.
Mas Deus é misericordioso e não nos trata de acordo com nossas transgressões. Tal qual um Pai bondoso, está pronto a nos receber de volta e a nos tomar novamente pela mão. Basta reconhecer que tudo se torna mais fácil e mais claro quando nos deixamos conduzir pela segurança que seu acolhimento amoroso nos proporciona. Pois foi ele que afirmou:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” “Quem vier a mim, de maneira nenhuma o rejeitarei”