“Uma família de cinco pessoas passeava numa praia. Viram uma velhinha suja e esfarrapada, carregando um saco. Ela resmungava, se abaixava, apanhava coisas da areia e as colocava no saco.
Os pais chamaram as crianças para que se afastassem dela. A velhinha ergueu os olhos e sorriu para eles. Mas a família se afastou rapidamente.
Muito tempo depois, souberam que aquela senhora dedicava a vida a recolher caquinhos de vidro, para que as crianças não cortassem os pés quando corressem pela praia ou construíssem seus castelos na areia.”
………………………………………
Quando li esse relato, pensei em quantos de nós também teríamos o mesmo comportamento. Somos rápidos em rotular e julgar os outros, infelizmente. Puro preconceito, não há como negar!
No entanto, com certeza, muitas pessoas já nos protegeram ou trabalharam para manter nossa segurança, sem que soubéssemos. Talvez nunca as tenhamos cumprimentado, nem lhes demonstrado qualquer gratidão.
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7). Como amamos esse versículo e como nos faz bem saber que Deus dá ordens aos anjos para que nos auxiliem! Mas, será que todo anjo é loiro, de olhos azuis, vestes brancas, brilhantes e asas reluzentes? Ou pode aparecer em forma de uma velhinha com ar de mendiga que, na sua simplicidade e bondade, pense mais no bem-estar do próximo? Quem sabe não terá a aparência de um guarda de trânsito que nos orienta ou de um forte trabalhador braçal, que nos ajuda a trocar um pneu?
E quanto a nós? Apesar das nossas limitações, também podemos e devemos ser bênção na vida dos outros! Mesmo como anjos anônimos, sem esperar gratidão ou recompensa.
Que sejamos menos preconceituosos e mais sensíveis às necessidades alheias. Que possamos desviar o olhar de nós mesmos (ou do celular!) e perceber a tristeza no olhar do nosso irmão para podermos abençoá-lo com nosso companheirismo!
