Desta vez publico este texto da grande amiga Tirza, de Itapetininga, muito observadora e boa na arte de contar “causos”:
I. Gosto muito de me lembrar de um certo Orazir Cardoso, um homem lá de Nova Campina. Ele era presbítero da Igreja Presbiteriana e estava num culto, ao lado da filha de uns nove anos, muito sapeca, dessas que não paravam no banco por mais de dez minutos, o que devia preocupar o pobre pai. De repente, durante uma tempestade, faltou energia e ele, todo protetor, agarrou a filha e colocou-a no colo pra impedir que ela saísse do lugar, naquele momento ruim. Ela, é claro, esperneou o que pode, mas foi vencida pela força daquele pai tão preocupado. Isso não durou mais que poucos segundos, e quando as luzes foram acesas, lá estava ele, agarrado a uma velhinha magrinha, pequena, desesperada, sem forças pra se livrar daquele colo e braços. Os dois já foram “pra Glória”, mas essa façanha ficou na história daquele lugarejo, já cheio de histórias cabeludas.
II. Lá em Santos, uma senhora muito simples, foi ao médico por causa de problemas renais. Durante a consulta ele perguntou:
– A senhora urina com abundância?
Ao que ela respondeu:
– Não senhor, com a periquitância!
Isso parece piada, mas aconteceu de verdade. Fico pensando no tanto que o profissional teve que se segurar pra não gargalhar.
Zeneide, que você tenha idéias e as transmita com clareza, tudo bem. O que surpreende é a fidelidade com que você passa o que ouviu da minha mulher. Deus a abençoe.
Darlô, para ser sincera, não tenho tão boa memória assim. A Tirza mesma escreveu os textos, num comentário que fez sobre uma das crônicas e também transcrevi a história do netinho de uma das nossas conversas pelo Facebook, tempos atrás. Não mudei nada, pois achei muito “saborosa” a linguagem dela, bem coloquial, a própria fala da minha amiga.Deus abençoe você também e toda a família.