“É preciso paz pra poder sorrir”

Por todos os lados vemos cartazes com aquela carinha sorridente:”Sorria. Você está sendo filmado”. Pobre de quem só sorri diante de câmeras, reais ou imaginárias…

Nas redes sociais fervilham os posts aconselhando o sorriso, coisa que livros de autoajuda também recomendam. Psicólogos adotam a Terapia do Riso, acentuando seus benefícios também para o tratamento da depressão.

Sabemos, claro, que o sorriso tem valor imenso: abre caminho para diálogos, ameniza uma advertência merecida, sugere cumplicidade, facilita a reconciliação, consola, anima, convida, aprova, afaga…  Para quem recebe é bênção garantida que possibilita ganhar o dia.

Mas, nem sempre quem oferece o sorriso está em condições de fazê-lo. Muitas vezes pode estar ocultando uma dor física, mascarando uma angústia controlada, um desejo intenso de chorar, de desabafar uma aflição que corrói a alma. Sorri, então, porque, mesmo em meio ao caos interior, que ninguém gosta de ostentar, existe a percepção de que o outro precisa mais daquela empatia  naquele instante. Não se trata de fingimento, mas de uma forma de amor, talvez.

Na letra da linda música de Almir Sater, Tocando em frente, destaco o verso “É preciso paz pra poder sorrir”. De fato, para sorrir sincera e espontaneamente é necessário estar em paz, mãos dadas com a harmonia, a camaradagem e as boas intenções em relação ao outro.

“Há tempo de chorar e tempo de rir”, diz a Bíblia em Eclesiastes. Que o nosso tempo de rir seja mais frequente, pois sabemos que “a alegria do Senhor nos fortalece.”

Como nem sempre a agitação dos nossos dias e as circunstâncias permitam esse riso, por que não aceitar o presente de Jesus Cristo: “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou”?

Então poderemos espalhar por toda a parte essa paz. Isso mesmo: a paz do nosso sorriso! Não é maravilhoso?