“Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei a ele :
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz…” (Autor desconhecido)
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Esse texto me fez lembrar a frase de Ernest Hemingway. “São precisos dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar.” Sendo assim, concluo que muita gente está nesse processo de aprendizagem e eu ainda não aprendi como deveria…
Benjamim Franklin disse: “O homem pode equilibrar-se do desvio do pé, mas do deslize da língua, talvez nunca”.
Mas, sempre é tempo! Se nossa boca fala daquilo que nosso coração está cheio, como diz a Palavra, então que fale pouco, mas expresse ânimo, bondade e compaixão. Principalmente que saiba se calar em determinados momentos, que não se expresse sobre o que desconhece e que não se apresse em criticar ou julgar levianamente.
“Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” – ora o salmista.
Afinal, quem quer ser como uma carroça vazia?
Que interessante! Quantas vezes fui uma carroça vazia….
Ah, Marlene! Não concordo! Você é muito sensata e tem muito conteúdo; nunca será uma carroça vazia. Abraço.