Você coloca a leiteira no fogo, fica um tempão olhando, atenta para ver a fervura. O que menos deseja é um banho de leite no fogão limpinho. De repente, toca o telefone, ou a campainha, ou alguém chama, ou chega um espirro inesperado… Pronto! Lá se esparramou todo o leite.
Quem já não viu ou passou por isso? Será que existe uma lei que obriga o leite a ferver só quando não há ninguém olhando?
E ainda há aquele dito popular: “Não se deve chorar pelo leite derramado”. Claro! De nada adianta mesmo, já que é um fato irreversível. Entretanto, não falta quem lamente algo que não pode modificar. É um eterno murmurar contra o “quase” ou o “se” das circunstâncias imutáveis…
Na vida, passamos frequentemente por situações de espera. Ficamos ansiosos, na expectativa de que algo aconteça e a demora sempre parece excessiva. Quanto mais esperamos, mais o tempo se arrasta e a solução parece não chegar. Nunca. Por maior que seja a ansiedade, é preciso tolerar a demora e aprender a esperar o momento oportuno. Bom mesmo seria relaxar e não criar tantas expectativas, mas quem consegue?
Assim como o leite ferve quando bem quer, também poderemos ser surpreendidos pela realização daquilo que tanto desejamos. Sim, o resultado, o prêmio, o presente, a boa notícia, a bênção, enfim, podem chegar subitamente, enquanto estamos distraídos com a espera!
Relaxar, sim, descansar, confiar, para poder afirmar como o salmista:
“Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.”(Salmo 40:1)
Ele ouve, sim! Quando? No tempo dele, que é sempre o mais oportuno!