Psicólogos aconselham pais e educadores a se encurvarem para dialogar com as crianças. Elas se sentirão mais seguras, olhando e falando com quem está no seu mesmo nível visual. Isso lhes dá de uma sensação de segurança, amor e bondade.
Quantas pessoas, nos seus altos postos de comando, na arrogância da sua posição social, na ostentação do seu poderio econômico, olham de cima para baixo seus subordinados, com a clara intenção de indicar quem é que manda.
E isso acontece não apenas entre os privilegiados socialmente. Essa relação de poder se estabelece em todos os segmentos. É perceptível essa afirmação de status entre chefes e subalternos, pais e filhos, médico e pacientes, professor e aluno, marido e mulher… Quase sempre há alguém querendo se impor ao outro, a quem considera submisso ou inferior.
Que necessidade é essa de parecer importante, de humilhar o próximo, de ter sempre razão? Não sei se é excesso de crítica, mas é o que tenho observado no decorrer do tempo…
Nada nem ninguém é maior que Deus, nem soberano em poder e glória. Entretanto, lemos na sua Palavra : “Quem é como o Eterno, nosso Deus, que reina nas mais elevadas alturas, mas se inclina bondosamente para contemplar o que se passa nos céus e na terra? (Salmo 113: 4-6)
Ele se importa com seus filhos, ouve seu clamor, considera suas necessidades, recebe seus louvores e aceita sua gratidão, embora esses últimos não sejam frequentes. Confiando nisso, o salmista pode orar assim:
“Inclina, SENHOR, os teus ouvidos, e ouve-me, porque estou necessitado e aflito”. (Salmo 86:1)
Também nós, ainda hoje, temos acesso a esse Deus grandioso. Nos momentos de angústia e dor, podemos pedir que ele se incline para escutar nossa súplica, para nos socorrer da forma que quiser, no momento que achar oportuno. Precisamos insistir nessa intercessão até sentir a paz chegar mansamente para sossegar nossa alma.
Então, poderemos dizer, com certeza e gratidão:
“Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” (Salmo 40:1)