Com que roupa eu vou? – é o título de uma antiga e conhecidíssima música de Noel Rosa. Também é a preocupação de muita gente e não só das mulheres. Decidir, escolher, comprar o traje para determinadas ocasiões chega a causar estresse, atrasos nos compromissos e até brigas entre casais.
Ontem recebi dois posts que tratam desse assunto. O primeiro narra o caso de um pregador, líder de uma comunidade que, no dia de uma celebração importante, apareceu bem antes, vestido como um morador de rua. Ficou circulando na entrada do templo, cumprimentou muitas pessoas, mas somente um senhor retribuiu seu cumprimento. Para alguns, pediu dinheiro para comprar comida, porém ninguém lhe ofereceu nada. Olhava nos olhos das pessoas, mas elas desviavam o olhar, evitando-o. Quando entrou no templo, o porteiro mandou-o sentar-se no fundo. Lá ficou, ouvindo os anúncios, até que um senhor pediu para o celebrante se apresentar.
Começaram a aplaudir, animados, mas quando viram aquele morador de rua dirigir-se ao altar, os aplausos cessaram e todos o olhavam surpresos. Ele subiu ao púlpito, pegou o microfone e falou sobre a sua experiência daquela manhã. Pediu que os ouvintes refletissem sobre sua atitude, examinassem seu coração e voltassem no próximo domingo. Alguns até choraram de vergonha e arrependimento.
O outro vídeo conta uma experiência da Unicef, com uma menina, atriz, de seis anos. Colocaram-na bem vestida, sozinha, num local movimentado da capital da Geórgia. As pessoas paravam, conversavam, perguntavam seu nome, idade, onde morava… Depois, essa mesma menina foi vestida e maquiada como uma mendiga e colocada no mesmo lugar. Ninguém parou nem se dirigiu a ela; foi totalmente ignorada. Em seguida, repetiram a experiência num bom restaurante. A menina bem vestida foi cercada de pessoas que lhe ofereciam comida e queriam localizar seus pais. Quando a mesma garota, então disfarçada de moradora de rua, entrou no mesmo restaurante, mandaram que ela se retirasse; alguém até tirou a bolsa de perto dela…
Se ficamos chocados com essas histórias e julgamos essas pessoas, não será o momento de olharmos para nós mesmos? Agiríamos de modo diferente? Será?
Ah, Senhor! Ajuda-nos a viver teus ensinos de modo a poder dizer como o profeta: “Ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça” (Isaías 61:10)