“Como culpar o vento pela desordem feita, se fui eu que deixei a janela aberta?”
Uma das atitudes mais comuns é colocar a culpa em algo ou alguém. Foi sempre assim, desde o Éden, quando Adão culpou Eva que, por sua vez, responsabilizou a serpente.
Fácil julgar, condenar e até executar a pena… Isso nos mais diferentes segmentos da sociedade. O último a usar o chuveiro que queimou vai ser sempre apontado como o autor do dano. Um copo caiu e se despedaçou? Foi pressa ou descuido de quem tocou nele…Quem não viu ou viveu na pele uma situação dessas?
Por que existem tantos miseráveis neste mundo? Deve ser porque eles não se esforçaram para estudar, trabalhar cuidar dos filhos. Ou, então, a culpa é do governo que não cria empregos, não dá moradia ou proporciona boas condições de saúde e educação… Pode ser também por causa do sistema capitalista que possibilita o acúmulo de riquezas por uma minoria que explora a mão de obra da maioria…
Interessante é que ninguém assume sua parcela de participação nessa injustiça.
Lembram-se daquele desperdício que cometemos semana após semana? Quanta coisa descartamos da geladeira, quantas frutas apodrecem na fruteira, quantos produtos com validade vencida retiramos dos armários? Quanta água desperdiçamos, quantos descartáveis misturamos ao lixo comum, atulhando aterros e impossibilitando a reciclagem? Não fosse assim, seriam muitos os miseráveis a se beneficiar.
Sem falar do excesso de consumismo, será que nunca usamos produtos piratas? Não procuramos um “jeitinho” para pagar menos impostos ou multas? Na verdade, temos deixado muitas janelas abertas e culpamos o vento. Será que não somos daqueles que passam a semana toda semeando vento e aos domingos correm à igreja pedindo para Deus afastar as tempestades?
Então, seria bom refletir sobre o verbo culpabilizar.
“Quem não tem pecados, atire a primeira pedra!“- disse o Mestre. Sabemos que todos erraram, erram e continuarão errando. Mas, temos um advogado- Jesus Cristo – disposto a perdoar quem se arrepender. Para isso ofereceu sua própria vida na cruz por todos nós. Basta aceitá-lo e crer que ” Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar de qualquer injustiça” (I João 1:9)
Enfim, vamos parar de culpar o vento! Vamos, sim, fechar a janela!