Quando vi o aviso Transite com o farol ligado na entrada da garagem do prédio, pensei : “Não é para mim, pois, parei de dirigir e, graças a Deus não preciso mais me estressar com regras de trânsito”
Mais tarde, na estação do Metrô, caminhava atrás de um jovem apressado (e quem não anda apressado em Sâo Paulo?) quando, na direção oposta veio um homem mal vestido, calçando chinelos velhos, pedindo ajuda para comprar a passagem. O moço à minha frente tirou o fone do ouvido, parou e acenou com a cabeça, ao mesmo tempo em que conduziu o pedinte para a catraca, onde usou seu cartão para o outro passar.
Fiquei comovida com a cena e, naquela hora, me deu um estalo: “Este rapaz estava transitando com o farol aceso!” Sim, ele prestou atenção num desconhecido e o ajudou sem questionar nem hesitar.
Quantas vezes ouvimos ou lemos mensagens sobre o versículo “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.”(Mateus 5:16)!? Concordamos, achamos lindo, fazemos bons propósitos nesse sentido e, logo em seguida, prosseguimos com nossos faróis ainda apagados…
Que insensibilidade é essa que nos cega e nos impede de perceber a dor alheia e a necessidade que esbarra conosco enquanto caminhamos apressados? Estaremos tão centrados em nós mesmos, tão atados ao próprio umbigo, que nem nos importamos com a escuridão que envolve a caminhada conturbada de tantos?
Senhor, por favor, desperta-nos para que sejamos mais sensíveis e que nos lembremos de acender nossos faróis para iluminar com generosidade as veredas que percorremos! Que o privilégio de conhecer Jesus, “a luz do mundo” nos impulsione a refletir esse brilho bendito em nosso viver!
Queridos, vamos transitar com o farol ligado?
