Aquele adolescente acordou feliz porque iria, enfim, conhecer o Mestre, de quem tanto falavam. Pegou a sacolinha com lanche, ouvindo as recomendações que sua mãe sempre costumava fazer.
O dia foi longo, a caminhada também, mas seu coração se aquecia com as palavras de Jesus. Tinha a impressão de que, ao mesmo tempo que ensinava toda aquela multidão, o olhar do Mestre se dirigia a ele, em particular. Como era possível se sentir assim tão especial, alvo de um amor tão grande?
Parecia que o tempo passava de modo diferente; só quando Ele parou de falar, percebeu que já estava entardecendo e, então, sentiu fome. Muitos falavam em ir embora com a barriga roncando… Foi aí que ouviu um dos discípulos perguntando se alguém ali tinha algo para comer. Num impulso, foi atrás dele e entregou os dois peixes e os cinco pãezinhos que sua mãe havia preparado. Com um sorriso meio irônico, o discípulo agradeceu e o rapaz o acompanhou.
Foi então que testemunhou algo impactante, que o marcou para o resto da vida. Jesus Cristo tomou aquele alimento, orou a Deus e mandou que todos se sentassem. Em seguida pediu que os discípulos fossem distribuindo os pães e peixes para a multidão. Desacreditando nos próprios olhos, o garoto viu o alimento sendo repartido para todos, que pareciam famintos e comiam à vontade… E sempre sobrava para os demais… Multiplicação explícita!!!
Mal conseguiu engolir sua parte, tão ansioso estava para correr e contar aquele milagre para todo mundo. Foi embora no momento em que recolhiam cestos cheios das sobras. Que dia! Que experiência incrível! Quanto poder!
E foi naquela caminhada de volta que aquele adolescente, cujo nome desconhecemos, compreendeu que, se o Mestre podia realizar milagres como aquele, valia a pena crer nas suas palavras e seguir seus passos.
E nós, você e eu, temos algo a oferecer? Por menor que seja, uma oferta pode afetar vidas… Antes de reclamar das nossas carências, vamos nos lembrar de que nosso Deus é especialista em multiplicação e que suas misericórdias não têm fim!