Pequeno Príncipe sobre a flor que nasceu no seu pequeno planeta:
“… mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado.
E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando:
– Ah! Eu acabo de despertar… Desculpa… Estou ainda toda despenteada…
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
– Como és bonita! “
(Antoine de Saint Éxupery, em “O Pequeno Príncipe)
É lendária a demora das noivas, ou das mulheres em geral, para se aprontar.
Não deixa de ser um bom costume preparar-se para se apresentar bem em ocasiões especiais. É demonstração de apreço consigo mesmo e com as pessoas com quem se pretende relacionar. Em geral, não se trata apenas de causar boa impressão, mas de valorizar o encontro.
Algumas pessoas parecem estar sempre arrumadas, em qualquer hora, prontas para qualquer evento. Lembro-me de uma saudosa vizinha, dona Laila que, de manhãzinha, passava toda bonita, com batom e tudo, para ir à padaria. Minha mãe, já idosa, se olhava ao espelho e se penteava para ir ao portão atender quem estivesse tocando a campainha…
Entretanto, para se aproximar de Deus, não é necessária essa preocupação, pois ele nos conhece profundamente, mais que nós mesmos. Venha como está! – é o seu convite.
Ele realiza em nós a transformação de que estamos necessitados Mesmo se estivermos exaustos, esfarrapados ou doloridos, com a alma despedaçada, ele nos acolhe, alivia nosso cansaço, nos livra das impurezas e nos conduz suavemente pelos caminhos da paz.
Você quer ter essa experiência? Venha, então! Assim mesmo! Nem precisa se arrumar!