Dia das Mães não é só choradeira… Nem deveria ser!
Relato aqui alguns episódios que recolhi nas minhas lembranças. Referem-se às mães, mas sem muito daquela emoção transbordante… Aliás sem nenhuma emoção desse tipo.
I. Olhava uma vitrine quando ouvi a mocinha dirigir-se à mãe:
– Mãe, veja aquele vestido verde!
– Aquele de mangas compridas? VOCÊ gostou?
– Deus me livre! É horroroso! Mas achei a sua cara, mãe!!!
II. Minha mãe (que saudade!) foi ao portão ver o que o que o gari queria.
– Já recolhemos todos as folhas das plantas que estavam aqui na calçada!
– Muito obrigada!
– A senhora pode dar uma caixinha pra gente?
– Acho que posso- disse ela, entrando em casa.
Dali a pouco voltou com uma caixa de sapatos vazia, perguntando:
– Só achei esta! Serve?
III. Conversando com minha filha pelo Skype:
– Você fez aquele chá?
– Fiz, mãe, mas ficou muito ruim. Com gosto de terra!
– Por que você não experimenta lavar as folhas antes?
IV. Estava conversando pelo wattsap com minhas irmãs, quando recebi umas fotos de várias abóboras, de Serra Negra.
Então escrevi:
– Estão todas maduras?
Só que, em vez de mandar para a Maria, que enviou as fotos, mandei para minhas irmãs…
Pensam que deu tempo de explicar? Na mesma hora, a Zélia respondeu:
– Sim, estamos! Até caindo de tão maduras!!!
V. Cíntia, para a filhinha Bel, na época, com menos de quatro anos:
– E aí você me dava esse ovo, né?
VI. “Levei minha mãe no Subway e o ‘artista do sanduíche’, com aquele atendimento impecável, disparou logo ’15 ou 30?’. Minha mãe respondeu ‘não, é um só!’.
Depois ele perguntou ‘dobro o queijo?’ e ela mandou um ‘não, eu gosto dele esticadinho’.”
(No Subway, por Nadedja Calado)