Pais e mães, desde que os filhos ensaiam os primeiros passos, oferecem a mão a eles, para ajudá-los, incentivá-los e ampará-los. Meninas e meninos, espontaneamente, seguram a mão dos companheiros nas brincadeiras e caminhada.
É comum casais andarem de mãos dadas, desde o início do namoro e depois, quando se casam, manter esse hábito pela vida afora. E é comovente ver casais velhinhos caminhando assim, agora não apenas por romantismo, mas por companheirismo, cumplicidade e necessidade de apoio mútuo.
Não menos emocionante é a cena de crianças pequenas dando a mão a avôs ou avós. Aqueles que antes carregavam no colo e protegiam seus netos agora se sentem afagados pela proximidade desses seres tão amados, verdadeiros presentes de Deus que chegam para colorir e adoçar a velhice…
“Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”- escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade.
O simples ato de dar as mãos a alguém se reveste de profundo significado, que transcende o plano físico, passando para a área emocional e atingindo a espiritual. O profeta Isaías afirma “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar.” Pelo contrário, suas mãos estão estendidas para nos recepcionar e nos conduzir aos salões da sua bondade, como o mesmo profeta escreve: “Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, porque eu te ajudo.”
Sei que, como eu, você já sentiu o efeito dessas mãos abençoadoras de Deus em algumas circunstâncias da vida, seja pelo incentivo de um empurrãozinho ou pelo toque de consolo na hora do choro.
Da mesma forma que recebemos com gratidão esse amparo divino, podemos oferecer nossas mãos a tantos que se encontram sozinhos e desorientados pelos caminhos e descaminhos da vida… Se não puder ser um ato físico, que seja ao menos metafórico, pois não custa “dar uma mãozinha” àqueles com quem convivemos e nos relacionamos diariamente. O maior beneficiado seremos nós, com certeza.
“Segura na mão de Deus e vai” … dar sua outra mão ao próximo!