Cotidiano

Sim ou não?

Written by Zeneide

 

 

Encontrei este texto de André Pessoa:

“Em uma palestra do psicanalista Dr. César Ibrahin no colégio de meu filho, ouvi o seguinte: “Em 5% das situações teremos certeza de que devemos dizer não aos nossos filhos. Em 5% teremos certeza que podemos dizer sim aos nossos filhos. Em 90% estaremos na dúvida, então digamos não.” Pois a vida é complexa e demanda esforço para ser vencida. Uma das atribuições dos pais é simular a vida nesse sentido, complicar um pouco as coisas para os filhos, de tal forma que eles aprendam a se superar.

Para reduzir a pressão familiar não há outro modo senão conquistar o prestígio perante os filhos  sem ceder para “comprar” a simpatia deles. Quem constrói o prestígio dos pais é principalmente o cônjuge. Eu elogiarei e darei força à minha esposa frente aos filhos, e vice-versa. Essa união é imbatível.

A família harmônica é possível quando os pais estão bem orquestrados, têm prioridades comuns de formação de caráter dos filhos, buscam formar-se adequadamente para serem bons pais, estão atentos aos filhos… e atuam.”

 

Concordo em que se deve estar disposto ao diálogo com os filhos. Desde cedo, com maior bagagem de informações, eles são questionadores e, por isso, portadores de argumentos capazes de convencer, às vezes até pela exaustão.

– “Está bem, faça como quiser!” – pode ser a frase dos pais que desejam se livrar de amolações mas, sem saber, estão abrindo sério precedente para futuros pedidos insistentes…

– “Podem ir! No meu tempo não tive chance de fazer o que queria, nem dinheiro para isso. Quero que vocês sejam mais felizes que eu fui e se divirtam por mim!” – Atitude leviana, que pode permitir aventuras perigosas, se não se avaliarem as consequências…

Por isso, na dúvida, acho sensato dizer não, mesmo correndo o risco de parecer chato. É preferível ser pai/mãe chato(a), pois acredito que esses são os melhores educadores.

Reflexão, apenas. “Cada cabeça, uma sentença” – dizem, com acerto.

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.