Como se lembrar dela? Primeiro, aquele sorriso nas fotos e ao vivo também. Dona Alda sorridente, aceitando brincadeiras dos filhos, netos e bisnetos…
Depois, em movimento: caminhadas, alongamentos, até danças, quem diria? Há alguns anos dei pra ela um bambolê – presente de amigo secreto, acreditam? Sempre ativa na culinária, nos bordados e crochês… Ah! E as viagens, tantas, muitas internacionais, que gostava de comentar…
Também foi grande observadora, o que lhe rendia alguns comentários originais:
– Elevador pra quê? Vamos pela escada pra fazer exercício! (No Joanin, supermercado).
– Vocês fazem muito o gosto dessa criança! (pra mim e pra Marlene!)
– No meu tempo não tinha essas facilidades… (na aula da Escola Dominical)
– Se fosse eu, pra comemorar, gastaria meu dinheiro numa bela viagem! (comendo bolo numa festa de Bodas de Prata, no buffet do próprio filho!)
– Viu que responsabilidade que eu tenho? (Num domingo, quando saímos a pé da igreja e encontramos uma conhecida dela que a cumprimentou e disse que ela era exemplo pra família e amigos…)
E a sabedoria, então? Deu muitos conselhos (um deles, ótimo, foi o de cuidar de si mesma!) Ensinou bastante, com ou sem palavras. São muitos os exemplos e as lembranças que deixou para tanta gente. Verdadeira inspiração!
Imagino a chegada dela na casa do Pai: sorrindo, primeiro observa o jardim -meio “generala”- vendo se está tudo em ordem, arrancando alguns prováveis matinhos, se preparando para curtir sua viagem definitiva, aos 99 anos bem vividos.
É aí mesmo que espero reencontrá-la, dona Alda! Até mais, dama sorridente!