Por: Zeneide Ribeiro de Santana
Lembrando: Hipérbole é a figura de linguagem que usamos para expressar o exagero. “Chorou rios de lágrimas”, por exemplo.
Tenho observado ultimamente esse exagero nas expressões como super, hiper, mega, ultra , nos diálogos e nos posts das redes sociais. Também há profusão de fotos de pratos, não apenas nos sites de receitas. A impressão que dá é de que as pessoas não se contentam em comer, mas querem mostrar como cozinham ou se alimentam bem. Eu mesma precisei fazer um bolo de abacaxi com coco cuja foto a Rosana não parava de postar… Delicioso, por sinal. Um sucesso!
Por outro lado, há exagero na variedade de dietas para emagrecer, para todos os gostos: da lua, dos pontos, das frutas, dos líquidos, da sopa, da água e até do gelo. Estranho que as revistas com publicações que prometem secar quilos e quilos trazem encartes com receitas de doces altamente calóricos. Estratégia de marketing, certamente.
E atividades físicas, então? É preciso se mexer, alongar, andar, correr, frequentar academia… Ficar parado é morte certa!
Outro caso é o do cuidado com a estética corporal, antes restrito à vaidade feminina. A corpolatria imperando. Impressionante a quantidade de cosméticos que envolvem milhões e enriquecem a tantos. Celebridades anunciam produtos mais populares, o que lhes permite usar os importados, caríssimos. Para não falar dos implantes e das cirurgias plásticas, com objetivos puramente estéticos.
Interessante! Não ouço falar muito no exagero de solidariedade, de desprendimento, de serviço ao próximo.
Lembram-se daquela passagem bíblica que narra o gesto de Maria ungindo os pés de Jesus com um perfume valiosíssimo – demonstração do seu amor exagerado pelo Mestre? Sua atitude foi bem recebida e é mencionada até hoje.
Sabe-se que podemos saciar nossas necessidades físicas até a exaustão, mas ninguém consegue obter todo o afeto de que necessita. Entretanto, temos a recomendação de Cristo: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam.” Não será esse o meio de ter paz e vida em abundância?
“A palavra exagero não existe no vocabulário do amor” ( Luciano De Crescenzo).
Gostei muito da crônica, Zeneide. Uma leitura que nos leva à reflexão sobre o consumismo e a falta de espiritualidade. Parabéns! Bjs
Obrigada, Maria Elisa. Sua opinião é muito valiosa. Refletir é preciso mesmo! Beijo.
Ze, linda Crônica. Precisamos ser menos consumistas e viver mais o amor ao próximo, é o que Deus quer de nós, saudades, bjs.
Saudade também, Marly, companheira fiel.Como aconheço, sei que você compartilha esses conceitos cristãos.Bom demais! Beijo.
Boa noite Zeneide que Crônica mais linda, e humana parabéns por escrever a realidade em uma, colocação tão transparente amei o conteúdo obrigado.
Muito obrigada pela gentileza do seu comentário, Vagner! Um abraço.