Por: Zeneide Ribeiro de Santana
“Vincent van Gogh pintava as árvores tão grandes que elas iam além das estrelas. As estrelas eram pequenas, o Sol e a Lua eram pequenos e as árvores eram imensas… Alguém perguntou a ele: “Você é maluco? Por que nunca para de pintar as árvores tão grandes? A estrela mais longínqua fica a milhões de anos-luz e as suas árvores sempre vão além das estrelas! Que maluquice é essa?”
Van Gogh riu e disse: “Eu sei! Mas sei de outra coisa também, da qual você não se dá conta. As árvores são os anseios da terra para transcender as estrelas. Eu estou pintando os anseios, não as árvores. Estou mais preocupado com a fonte, não com o objetivo. É irrelevante se elas alcançam as estrelas ou não. Eu pertenço à terra e compreendo o anseio dela. Esse é o anseio da terra expresso através das árvores – ir além das estrelas.”
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Todos têm (ou deveriam ter) sonhos, metas, objetivos. Muitos querem obter tudo de maneira fácil, mas há casos, raros, de quem ganha muito dinheiro sem esforço algum: heranças e prêmios das loterias estão aí para confirmar. No entanto, a maioria tem de “ralar” bastante para conseguir diplomas, promoções, ascensão social. Principalmente se ir além das estrelas for o anseio maior.
A expressão latina“Ad astra per aspera” (até às estrelas por caminhos difíceis”) expressa bem esse exercício de ultrapassar obstáculos, vencer barreiras e romper muralhas. Convenhamos que tudo que se consegue com luta ou sacrifício tem muito mais valor. Proporciona satisfação pessoal e serve de exemplo para as gerações mais novas.
Ao lado da área profissional, alvos também podem ser estabelecidos para a vida pessoal, afetiva e espiritual. Um bom propósito, creio, seria se esforçar para ser hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje.
Ir além das estrelas, na concepção de Van Gogh, poderia bem ser nosso grande anseio. Que Deus nos ajude!
