“Se estou pensando em uma resposta enquanto o outro está falando, então não estou ouvindo”.
De fato, ouvir implica desprendimento, atenção total, interesse, empatia. E quem tem tempo e disponibilidade para isso nestes tempos de tanta correria?
“Joyce Heggett, em seu livro Listening to Others, escreve sobre a importância de saber ouvir e responder eficazmente àqueles em situações difíceis. Ao relatar algumas de suas experiências ouvindo pessoas em sofrimento, menciona que frequentemente lhe agradecem por tudo que ela fez por eles. Por muitas ocasiões – escreve – não cheguei a fazer nada. Simplesmente ouvi! Rapidamente cheguei à conclusão de que simplesmente ouvir é uma forma muito eficaz de ajudar os outros” (Pão Diário)
No relato sobre o sofrimento de Jó, seus três amigos se sentaram em silêncio com ele por sete dias porque viram que sua dor era muito grande. Porém não ouviram quando Jó começou a falar. Ao contrário, falaram sem parar e, no entanto, não conseguiram consolá-lo. “Tomara eu tivesse quem me ouvisse!”– clamou Jó. ( 31:35)
Quando se ouve realmente, demonstra-se que o que importa para o outro importa para a gente também. Não é fácil e leva tempo. Quantas vezes perguntamos “tudo bem?”, sem nenhuma vontade que nos respondam detalhadamente? Ou, então, dizemos “Estou bem!” quando tudo dói e machuca até a alma!
Um pastor contou- me, há tempos, sobre uma senhora que o procurou depois do culto para lhe falar sobre um problema sério que estava enfrentando. Em seguida ele orou por ela, suplicando a misericórdia de Deus sobre a sua vida. Tempos depois ela veio agradecer-lhe pelo que havia feito por ela. Então, ele me disse: “Eu não fiz nada, só ouvi e orei por ela!”
É isso!
Senhor Deus, que nos ouve e entende nossa dor, ensina-nos a ouvir os outros com paciência e a tratá-los com respeito, gentileza e sabedoria. Amém!
