Cotidiano

Conta as Bênçãos XII

Por: Zeneide Ribeiro de Santana

O sr. Geraldo e a d. Nina – casal simpático, já amadurecido – são muito queridos em nossa comunidade. Tiveram uma única filha, a quem dedicaram toda sua afeição. Contaram-me que há mais de cinco anos têm orado por ela, por causa de um namoro que lhes trazia muita preocupação, pois o rapaz não agradava a ninguém, na família toda, por ser mal educado e agressivo. Os pais sofriam bastante por isso, pois, naturalmente, sempre sonhavam o melhor para sua filha. Quando procuravam aconselhá-la, ela se virava contra eles, numa atitude cada vez mais rebelde e hostil. Saía de casa sem dar nenhuma satisfação, o que os deixava ainda mais angustiados. Quando alguém vinha contar algo negativo sobre ele, ela  não acreditava. Não ouvia ninguém; parecia o pior cego: aquele que não quer ver.

Não sabendo mais como agir, os pais resolveram parar de falar no assunto e começaram a fazer a única coisa que podiam: orar por ela. “Para ser sincera, o Geraldo orava muito mais que eu.” – disse d. Nina. Também pediram orações por ela, na igreja. O tempo foi passando e nada mudava.

Mas, há poucos meses, aconteceu algo que abriu os olhos da jovem, que a fez, por si mesma, entender quanto tempo estava perdendo ao lado de quem não a respeitava e muito menos merecia os seus sentimentos. Terminou o namoro e foi como se renascesse  – uma verdadeira libertação.

Os olhos do casal brilham e a alegria transparece quanto contam como a filha querida está mudada. “É outra – dizem-  está diferente,  feliz como era antes. Precisa ver como nos trata com carinho e consideração!” Juntou-se a um grupo que ajuda moradores de rua e está se ocupando em exercer a solidariedade. Não frequenta a igreja com seus pais, mas eles sentem prazer em testemunhar a transformação que ela sofreu, graças a Deus , que ouviu e atendeu suas orações. Para eles, o importante, no momento é agradecer ao Senhor, de quem ela está cada vez mais perto.

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.