As lições do lápis

 

Por: Zeneide Ribeiro de Santana

Vinha caminhando lenta e distraidamente, carregando algumas compras. Quando fui trocar as sacolas de uma mão para outra – como se isso diminuísse o peso delas! – parei na calçada, vazia àquela hora da manhã.

Então, vi o lápis no chão. Não um lápis qualquer, sujo, desgastado, sem ponta. Era reluzente, limpinho, sem uso. Peguei-o e vim pensando… Com certeza, alguém o perdeu, pois não iria descartar algo tão novo e bonito, como vocês podem ver na foto acima. Por que ele veio parar nas minhas mãos, oferecido, quase se atirando sobre mim? Não sei. Lembrei-me de quantos objetos desses segurei pela vida. Desde o primeiro na longínqua série inicial de alfabetização – motivo de orgulho – até os muitos que ensinei a segurar quando chegou a minha vez de alfabetizar.

Hoje, lápis parecem fora de moda, obsoletos. Quase não é mais preciso fazer rascunhos, pois os teclados dos computadores, mágicos, oferecem meios para correção instantânea…

Mas, lembrei-me também de uma história que circula na Internet, sobre um avô que explica ao neto as cinco lições do lápis. Aqui vai um resumo:

1. O lápis precisa da mão para que escreva; nós precisamos de Deus que nos dirige.
2. De vez em quando, o lápis precisa do apontador. Isso pode produzir sofrimento, mas vai deixá-lo melhor, mais apto. Todos nós precisamos de renovação.
3. O lápis permite que usemos a borracha para apagar o que ele faz de errado. A correção é importante para o nosso crescimento.
4. Assim como no lápis, o que realmente importa não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro dele. Nosso caráter é mais importante que nossa aparência.
5. Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, tudo que fizermos deixará traços e marcas nas vidas das pessoas. É nosso testemunho, bom ou mau.

Pois é! Simples objetos podem nos trazer boas lições!