Cotidiano Humor

Manequins

Written by Zeneide

Definitivamente não tenho boas relações com manequins! Demorei a constatar isso, mas, na semana passada comprovei na própria pele, que ainda está dolorida…

Seguindo recomendações da minha irmã Zélia, fui procurar um tal Shopping do Brás. Depois de caminhar por quarteirões infindos, lá cheguei, com os pés cansados e ouvidos entupidos dos mais variados sons, desde a gritaria assustadora dos ambulantes até os mais bizarros lançamentos piratas. Mas, tudo bem, o cenário chega a ser … interessante, na falta de outro adjetivo.

Estava percorrendo vagarosamente os corredores, pois o movimento não era grande naquele dia, quando, num cruzamento, fui repentinamente atingida por algo duro e machucante. Gritei “Aaaaiiii”” e vi um moço se desculpando, atrás de um carrinho cheio de bugigangas. em cima do qual jazia deitado o agressor: um manequim masculino pelado, com ar sorridente. A primeira coisa que pensei foi: “Tá rindo de quê, seu infeliz?” Então, segurando o braço atingido, falei para o moço que deveria olhar por onde anda. E ele, pedindo desculpas ainda, veio com essa: “Não dava pra olhar, ele (o manequim) é mais alto que eu!”

Então, ele se foi empurrando aquele despautério, como diria alguém, e eu continuei, esfregando o ombro, que estava se recuperando de um tombo não tão recente… Um segurança veio prestar solidariedade, agradeci e tratei de sair logo dali… Vai que um outro carregador aparecesse com outro trambolho maior que ele…

Foi aí que me lembrei de uma vez em que estava numa loja e um vendedor, numa escada, tentava tirar algo lá de cima das prateleiras. Não é que ele se desequilibrou e um manequinzinho veio parar em cima de mim? Quando percebi, estava carregando um boneco exdrúxulo, de roupa social… Era um manequim infantil que, embora pequeno, me deu um susto enorme! Sem machucados, felizmente.

Mas, o pior mesmo aconteceu numa outra loja e dessa vez, não fui a vítima, mas a causadora de uma quase tragédia. Estava saindo, quando minha sacola se enroscou num manequim masculino, de terno e eu, tentando puxar, desequilibrei o indivíduo, que caiu sobre um outro e mais outro… Eram cinco! Imaginem a correria dos vendedores e o meu desespero atrás daqueles malucos desequilibrados, no efeito dominó mais absurdo deste mundo!  Ainda bem que um rapaz que entrava naquele momento conseguiu parar o último manequim e a ordem se estabeleceu!

Só falta contar que na volta do Brás, aquele dia, passei por um estabelecimento com um cartaz anunciando manequins a preços imperdíveis! Fugi de lá imediatamente: Nem de graça!!!

 

 

About the author

Zeneide

Meu nome é Zeneide Ribeiro de Santana, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Já sou aposentada e aproveito meu tempo lendo bastante e tricotando um pouco.